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Com o futebol paralisado em razão da pandemia do coronavírus, o Fluminense tem usado as redes sociais para que os torcedores matem as saudades dos ídolos. Em transmissão ao vivo, na noite da última terça-feira, o convidado foi o jovem atacante Miguel. Ainda com a timidez característica de atletas em início de carreira, a joia tricolor de apenas 17 anos respondeu perguntas dos torcedores e falou sobre sonhos na carreira, momentos marcantes em campo e ídolos no futebol.
A estreia contra o Cruzeiro, em junho do ano passado, quando tinha 16 anos e 71 dias, fez de Miguel o mais jovem de todos os tempos a entrar em campo com a camisa verde, branco e grená como profissional. Sem se intimidar, driblou três adversários na entrada da área e iniciou a jogada que terminou no golaço de bicicleta de João Pedro. O empate em 2 a 2, pelas oitavas da Copa do Brasil, levou a partida para os pênaltis, mas o time mineiro foi quem avançou.
– Meu momento mais marcante pelo Fluminense foi, sem dúvidas, a minha estreia no time profissional, no Maracanã. Fiquei muito ansioso, com vários pensamentos simultâneos. Lembrei de tudo que passei para chegar ali, passou um filme na minha cabeça quando subi aquele túnel. Ao mesmo tempo, tinha que estar atento na partida e no que precisava fazer. Fiquei muito feliz de participar daquele golaço do João Pedro. Quando um treinador coloca um jogador é para ajudar. O Diniz sabia das minhas características e pediu para eu investir no um contra um. Me senti muito feliz e honrado – contou.
Em 2020, o novo xodó da torcida tricolor fez oito partidas, quatro como titular e ainda não balançou as redes. Ele não esconde a ansiedade para marcar o primeiro gol como profissional.
– Estou disposto a fazer o que for preciso para ajudar a equipe, sejam gols ou assistências. As duas coisas me deixam feliz. Fazer gols sempre é importante. O meu ainda não saiu, mas vou trabalhar forte para que saia logo.
No período de quarentena, o jovem que chegou a Xerém com apenas 10 anos de idade tem dividido o tempo entre os treinamentos passados pelo clube e jogos de vídeo game. Com um novo corte de cabelo que lembra o de Ronaldo ‘Fenômeno’ na Copa de 2002, Miguel revelou as referências e ídolos no esporte. Nascido em 2003, não teve a chance de ver de perto o artilheiro do Mundial do Japão e Coreia em ação.
– De quem vi jogar, o melhor do mundo para mim é o Cristiano Ronaldo. Tenho ele como o melhor de todos os tempos. Ele e Neymar são minhas inspirações. Pelas características de jogo similares a minha, também admiro muito o Philippe Coutinho. Espero ter o mesmo sucesso que ele – revelou.
Confira outros temas da conversa com Miguel:
Qualidade nas bolas paradas:
É algo que treino desde que cheguei no Fluminense. Meu primeiro treinador e os demais sempre incentivaram isso em mim. Sempre me motivaram a aperfeiçoar. Agora tem o Nenê para observar. Ele de dez faltas acerta nove, tem muita qualidade. É um cara que fez história no futebol brasileiro e no futebol europeu. É um exemplo a ser seguido. Até pela idade que tem e tudo o que vem fazendo
Sonhos no futebol
Ser um jogador de sucesso, fazer história nos clubes nos quais eu passar, principalmente no Fluminense, por quem tenho uma gratidão eterna. Também quero ganhar uma Copa e estar entre os melhores do mundo
Motivação
Jogar futebol para mim é um sonho. Ver minha família feliz com o que faço não tem preço. É uma atividade que gosto muito, me divirto bastante jogando. Não há nada melhor do que trabalhar com o que gosta como motivação.
Quem orienta
Meu pai está sempre comigo no dia a dia, me orienta. Ele me conhece como ninguém e é quem mais me quer bem. Sempre procuro ouvir o que ele tem para me dizer
